Fender Jaguar

A Jaguar foi baseada na Jazzmaster. Diferente da Jazzmaster, a Jaguar foi feita com uma escala de 24 polegadas (uma novidade na época) e 22 trastes.
Os captadores da Jaguar são muito poderosos e melhoradamente protegidos, que eliminaram alguns problemas associados à isso na Jazzmaster.

Embora a Jaguar e a Jazzmaster divida o mesmo esquema de duplo-circuito, a Jaguar tem um segundo circuito mais complexo que consiste em três botões na parte inferior: os primeiros dois eram botões de ligar/desligar para os captadores de braço e ponte, respectivamente, o terceiro botão era engajado num capacitor que servia de filtro de transmissão. Esse botão foi chamado de "strangle" entre os guitarristas, devido ao fato de que quando o botão é ligado, a Jaguar realiza uma vibração de tom divergente gerando assim uma característica especialmente projetada para os guitarristas surfistas. Um dos problemas da guitarra era que os botões não são fáceis de se usar enquanto está sendo tocada e também faziam muitos ruídos quando ajustava-se os botões.

Como a Jazzmaster e Bass VI, a Jaguar têm um mecanismo de vibrato encontrado também na Fender Stratocaster. Leo Fender acreditou que o novo projeto foi superior aos projetos anteriores devido a ponte movida para trás, fazendo com que enviasse junto com as cordas durante o uso do tremolo, mantendo desse modo a entonação apropriada sob peso. O mecanismo do tremolo caracteriza também um fechamento interno da vibração, que ajuda o guitarrista a preservar o som da guitarra na eventualidade de uma corda arrebentada. Enquanto essa idéia era trabalhada somente em teoria, a atual unidade era famosa devido ao mal funcionamento, fazendo um dos mais problemáticos aspectos da Jaguar e Jazzmaster e talvez causa da rejeição dos guitarristas grudados com a Stratocaster e Telecaster.

Sua cor predominante era a Sunburst embora houvesse outras cores que hoje em dia são raras e bastante valorizadas: olympic white, shell pink, black, lake placid blue, candy apple red, fiesta red, shoreline gold, surf green, sonic blue, burgundy mist, charcoal frost, blonde e inca silver.
A 1962 Jaguar possuía o corpo em alder, e o escudo feito em três partes consistentes em celulóide de tartaruga, logo em 1965 foi mudado para plástico de tartaruga, devido às novas leis ambientalistas.
Inicialmente o braço era colado junto ao corpo, anos depois a Fender mudou o jeito de embutir o braço, fazendo isso parafusando-o. O set de madeiras do braço era braço/maple e escala/rosewood. E as marcações foram mudadas de "clay" para madre-pérola.

A Jaguar nunca conseguiu a popularidade que a Stratocaster e Telecaster obtiveram. Depois de grandes mudanças sem sucesso, a vida da Jaguar foi interrompida em 1975 depois de 13 anos de produção, voltando somente em 1995 na fábrica japonesa da Fender.

Epiphone Casino

A Epiphone Casino é uma guitarra elétrica semi-acústica. Baseada na Gibson ES-330, foi criada para ter um preço mais acessível, por isso é considerada uma versão barata da ES-330. Porém John Lennon a imortalizou na gravação do Álbum Branco (White Álbum), logo depois outros notáveis guitarristas como Noel Gallagher, The Edge, Tom Petty, Paul Weller ajudaram a consolidar sua popularidade.
Nela foi equipado dois captadores P-90, uma combinação ideal para Rhythm. Assim, o som soava mais magro do que as humbuckers da ES-335.
Enquanto primeiras versões da Casino eram feitas de spruce, nas decorrentes o corpo foi feito de camadas finas de maple, também nas bordas e a parte de trás, o braço feito de mogno.Essa guitarra vinha finalizada em sunburst ou Royal tan, trapeze tailpiece, 24 trastes.
Mudanças vieram com o decorrer do tempo, desde 1961, ano em que foi lançada.
Originalmente o escudo era de tartaruga (agora é proibido usar a tartaruga para essa finalidade), os captadores revestidos por capas pretas e o logo da Epiphone inscrito num pedaço de metal do headstock.
Em 1963 a capa dos captadores foi mudada de preta para prateada, de níquel, e o escudo tornou-se branco.
Em 1965 as peças passaram a ser cromadas, incluindo os captadores. Logo depois em 1967 a lista de cores possíveis para a Casino foi atualizada com a nova “Cherry”.
Depois de 1970 a fabricação americana da Casino foi suspensa, sendo somente fabricada no Japão.

Gibson Les Paul Junior & TV

Em 1954, para expandir a lista de guitarras, a Gibson lançou a Les Paul Junior. Embora a Melody Maker ( empresa da Gibson Guitar Corporation voltada para iniciantes) já fazia isso, a Gibson mirou seu alvo para os iniciantes com a Les Paul Junior; entretanto, com o passar do tempo, essa Gibson provou ser muito útil para o uso profissional.
Havia umas diferenças marcadas entre a Les Paul e Les Paul Junior.
Por exemplo, embora o esboço do corpo das “Junior’s” fosse claramente remanescente da original Les Paul, a Junior foi caracterizada pelo corpo em mogno com escudo “slab”, com acabamento da cor Sunburst.
A Junior foi procurada como uma opção barata: com um single coil P-90, um botão de volume e outro de tom, e o braço solto de rosewood perfurado simplesmente nos pontos marcados.Além da escala que foi diminuída para ¾ ( normalmente feitas em maple) logo depois a escala foi posta novamente normal, pois os guitarristas se queixavam por ser pequena.
Entretanto, em 1956, como uma concessão para as aspirações dos guitarristas iniciantes, a “Junior” colocou a ponte/tailpiece similar a segunda versão das GoldTop.


Em 1955, a Gibson lançou a Les Paul TV, que era essencialmente uma Junior no que diz a Gibson chamou de um acabamento da cor “natural”. Esse acabamento era realmente mais translúcido amarelo mostarda, e não era ao contrário que a Fender, sua concorrente, chamou de “butterscoth yellow”.
A idéia atrás da “TV Yellow” era que as guitarras brancas brilhariam demais em transmissões de TV preto e branco, visto que as guitarras amarelas da Les Paul não moldariam um brilho.
Em 1958, a Gibson fez uma mudança radical nas “Junior” e “TV”: vieram mudanças no projeto que mais tarde fariam uma enorme importância. Para acomodar o guitarrista um melhor acesso aos trastes superiores do que os projetos anteriores permitiam, a Gibson tornou ambas as guitarras com um novo double-cutaway( um novo tipo de corte, que foi um corte duplo no corpo).
Em adição, o visual das Juniors foi reforçado com o novo acabamento da cor “cherry red”, enquanto a reformulada TV adotou o acabamento da cor “yellow-tinged” para seu novo design.

Gibson Les Paul Custom

A segunda edição da Les Paul foi lançada para o público em 1954. Com o captador single coil P-90 na ponte e um Alnico V no braço, ambos os captadores eram revestidos por capas pretas, o vibrato Bigsby era opcional.
Chamada de “Gibson Les Paul Custom” essa guitarra inteiramente preta era uma verdadeira obra de arte, e por isso foi apelidada de “Black Beauty”
A Les Paul Custom apresentou um corpo em mogno diferenciando do seu antecessor “GoldTop” feito de maple.
A partir de 1957 a Custom passou a vir com 3 humbuckers no lugar de dois single-coils. Poucas Gibsons foram lançadas com 2 humbuckers, que são muito raras hoje em dia.
Em 1963 a Les Paul Custom passa a se chamar SG Custom.

Gibson Les Paul Goldtop

A Les Paul 1952 possui dois captadores P-90 single coil, trapézio e cordas colocadas sob um par de barras de aço.
O peso e as características do som da Les Paul foram aumentados devido à construção em mogno e maple: ambas são madeiras completamente pesadas.
Nas Les Pauls 1952 nunca foram incluídas seriais e são consideradas por alguns como modelos protótipos Les Paul.
Interessante dizer que o esquema do projeto de alguns desses modelos variavam.Por exemplo, algumas dessas Les Pauls vieram com os captadores P-90 encapados de preto ao invés da cor creme.
Esses modelos, chamados de “Goldtop” ganharam um grande interesse de colecionadores, e conseqüentemente, o valor nostálgico desse instrumento é inestimável.
A primeira Gibson Les Paul feita foi considerada uma guitarra perfeita. Mas, a guitarra original Les Paul teve problemas a respeito da entonação, ângulo do braço e volume.
A resolução desses problemas tornou-se o foco do projeto, e conseqüentemente tiraram o trapézio deles e desenvolveram um “wrap-around”(1953), e então, para melhoras a Gibson desenvolveu o sistema da ponte Tune-o-Matic(1954).
As mudanças da Les Paul ocorreram junto com os avanços da tecnologia na área das guitarras elétricas. Por exemplo, em 1957, o P-90 foi substituído pela novidade da Gibson, o “humbucker”, que foram feitas especialmente para tirar o ruído do som devido à influência magnética dos distúrbios causados pela eletricidade.
Essa inovação melhorou o som e as vendas da linha Les Paul.